quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Nós amamos John & Lorena Bobbit!



Quem não conhece a história de Lorena Bobbit que, depois de muito bem montada por John, numa noite de lua cheia, cortou o seu pênis?
Lorena é um pouco diferente das outras mulheres-bomba, já que em vez de heroína, foi vítima e vilã.
Prometemos em breve, aqui, um capítulo sobre o casal, que não entrou no livro.
Enquanto isso, pode respirar aliviado porque o destino de John Wayne Bobbit não foi tão cruel quanto prometia: ele virou astro pornô e já tentou montar duas mulheres depois de Lorena. Nunca com o mesmo sucesso.
Aguarde!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Carta de um Montador

Sophie,



Há dias penso em escrever uma resposta para seu último e-mail. Ao mesmo tempo, achei que seria melhor falar com você e dizer tudo o que é preciso cara a cara.

Por outro lado, pelo menos estará por escrito.

Como você percebeu, não tenho andado muito bem ultimamente. Como se não reconhecesse mais a mim mesmo, minha própria existência. Uma ansiedade horrível que de fato não consigo enfrentar, em vez de continuar me esforçando até superá-la, como sempre faço. Quando nos conhecemos, você impôs uma condição: não se tornar a "quarta". Eu cumpri a promessa: já se passaram meses desde que vi as "outras", porque obviamente não poderia estar com elas sem fazer de você uma delas.

Pensei que seria o suficiente, que amar você e o seu amor seriam o suficiente para que essa ansiedade – que constantemente me leva a procurar além, fora de casa, o que significa que nunca me sentirei tranqüilo e sossegado ou mesmo apenas feliz ou "completo" – se abrandasse quando eu estivesse com você, com a certeza de que o amor que tinha por mim era o melhor para mim, o melhor que já tive na vida, você sabe disso. Achei que minha escrita seria uma solução, que meu "desassossego" fosse se dissipar nela de modo a permitir nosso encontro. Mas não. Na verdade, até piorou. Não consigo nem descrever o estado em que me encontro. Por isso, retomei o contato com as "outras" essa semana.

Eu sei o que isso significa para mim e o ciclo em que vai me arrastar. Nunca menti para você e não pretendo começar agora.Você estabeleceu outra regra no início do nosso relacionamento: no dia em que deixássemos de ser amantes, você não seria mais capaz de me encarar. Você sabe que essa restrição só pode ser desastrosa para mim, e injusta (pois você continua vendo B. e R…), mas compreensível (obviamente…); logo, nunca poderei ser seu amigo.

Mas agora você pode calcular o quanto minha decisão é insignificante, dado que estou preparado para cumprir sua vontade, mesmo havendo tantas coisas – não ver ou falar com você, observar a maneira como olha para as pessoas e as coisas, sua delicadeza comigo – de que sentirei muita falta.

O que quer que venha a acontecer, lembre-se de que sempre amarei você da mesma maneira, à minha própria maneira, como sempre amei desde o primeiro dia em que a conheci; o que carregarei comigo e, tenho certeza, nunca morrerá.

Seria uma hipocrisia, você sabe tão bem quanto eu, prolongar uma situação que se tornou irreparável para os padrões do amor que tenho por você e que você tem por mim, um amor que agora me força a ser absolutamente franco, como prova final do que aconteceu entre a gente, que sempre será único.

Queria que as coisas fossem diferentes.

Se cuida.


G.


Gentilmente traduzida por:

Rafael Guerra

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Lançamento do livro!


Terça feira, dia 2 de dezembro, tem lançamento da Mulher-Bomba no Gula Gula de Ipanema!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Bomba Genética


A minha vida de mulher-bomba começou cedo. Começou na verdade vendo minha mãe explodir - no caso, com meu pai - diversas vezes. Coisas apoteóticas que me deixavam apavorada quando criança, mas que hoje em dia me parecem perfeitamente compreensíveis. Segundo dados da biografia familiar, minha avó quebrou um violão na cabeça do meu avô… Sou uma mulher-bomba feita de material explosivo genético, um tipinho difícil. Minha capacidade explosiva começou cedo, aos 10 anos, quando peguei o meu namoradinho beijando a vizinha numa festa na casa dele, na frente de todos os amigos. Não tive dúvidas, joguei a garota de lado e frente a frente com o namorado meti-lhe a mão na cara diante dos amigos. Acabei com a festa, virei as costas e fui pra casa. Daí pra frente tive poucos namorados e os poucos que tive foram um bocado perturbados pela mulher-bomba “Senior”, minha mãe.
Aos dezessete conheci um garoto bonitão, louro do olho verde, um tipo testosterônico, cheio de beleza e drogas divertidas no bolso. Já havia um tempo que eu andava de saco cheio daquele lance de virgindade. Eu estava a fim de atravessar o portal e aquele louro me caia muitissímo bem, mas ele tinha 25 anos e queria namorar mulheres maduras. Eu, sem pensar duas vezes, disse a ele que tinha 18 anos, era a garota mais descolada do mundo e não mencionei a tal da virgindade, porque achei meio “ridículo”. Depois de um mês de namoro ele me levou para um sítio com vários amigos, me deu um ácido e me comeu sem saber que eu era virgem. Obviamente que, doidão, nem percebeu nada e eu me dei conta da idiotice que eu tinha feito. Minha mãe descobriu que eu estava num sítio - na história oficial eu tinha ido dormir na casa de uma amiga - com oito homens e uma outra garota fumando maconha. Mal sabia ela do lance do ácido… A partir daí foi um barata voa, a mulher-bomba Senior ligou para a mãe do rapaz e falou que eu era menor de idade, que o filho dela tinha me comido e coisa e tal, e que ela ia na polícia! A mãe do cara passou mal e ele ficou tão puto que depois me seguiu até que eu mostrasse minha carteira de identidade… Nessa altura ele começou até a achar que eu tinha outro nome!
Meu pai foi acionado: Você sabe o que sua filha fez? Prontamente pegou um avião do Rio pra São Paulo, onde eu morava com minha mãe, e foi tentar administrar os estragos da explosão. Nessa altura da vida meu pai era um especialista nisso, quase um agente da CIA, se reuniu com os pais e o namorado e explicou que minha mãe era uma mulher-bomba, que já tinha feito loucuras com ele, contou várias das histórias, sensibilizou os caras e fez eles entenderem que aquilo era fichinha. Me tirou da casa da minha mãe e me trouxe para viver com ele no Rio – é mais seguro!
No aeroporto antes de embarcarmos pediu uma cerveja e brindou a tal da virgindade perdida. Ainda fez uma piada dizendo que minha mãe estava sendo mal utilizada, que ela poderia ajudar muito o pessoal do Talibã e que esperava que eu não fosse como ela… Tadinho! Ele tentou mas a natureza é mais forte. Explodi várias vezes e, de vez em quando, ainda chego bem perto disso, mas por sorte - ou pelas preces do meu pai -, encontrei alguém incapaz de apertar os botões de acionamento.
Meu nome é Luciana tenho 35 anos e não explodo há 6 meses.

domingo, 9 de novembro de 2008

O homem pela metade

Ele nunca dizia tudo, apenas a metade. Interrompia as frases com uma expressão distante e os olhos fixos em qualquer coisa: a TV, um cachorro,uma mosca. O que eu sabia dele era uma série de frases incompletas do tipo “morei lá uns...” , “saí, sim, acho, mas ela...”, “foi quase nada”. Eu fazia sempre uma cara boquiaberta, mas ele me dizia com um ar compreensivo:“você é tão ...” Nem o próprio nome ele me disse inteiro. Isso tudo foi me
tirando do centro. Já não pensava em trabalho, amigos, família; só nele.
Mesmo não sabendo que aquilo era um quebra-cabeça, eu comportava como estivesse num campeonato internacional do gênero. Catava tudo que ele deixava cair: chiclete, palavrão, cheiro estranho, fiapo no dente. Nada me passava despercebido. Essa era a minha luta para me adaptar àquela segura - mas infelizmente fragmentária –, complexa – mas infelizmente inacessível - e fascinante mente masculina. “Você é tão lenta” era isso que eu supunha que ele não completava. “Você é tão ansiosa” – isso eu já sabia - aprendi isso com meus os outros namorados. Tinha que compensar minha lentidão, minha ansiedade. Que outra coisa podia oferecer senão meu carinho, meu afeto e minha presença física e espiritual abundante? Era uma mensagenzinha carinhosa, um bilhetinho perfumado no bolso, um telefonemazinho. Tudo bem
pequenininho para não assustar o príncipe.

Mas, infelizmente, mesmo assim, quanto mais eu me entregava mais ele ia se ausentando. Foi ficando cada vez mais distante. As migalhas que deixava cair não formavam mais nem uma sílaba. Eu entrei em pânico. Mandei flores, fiz um jantar surpresa com vinhos caríssimos, tentei uma posição erótica acrobática que me rendeu uma hérnia e ele, nada. Eu que já fazia terapia,ioga e spinning, resolvi buscar ajuda na ciência. Procurei uma taróloga.
Ela, seca, sorriu quando olhou para as cartas: você está uma pilha de nervos. Não sei se foi por causa do barulho agudo das minhas unhas tilintando na mesa ou se ela tinha lido mesmo nas cartas. O que eu faço? – gritei. Ela, ríspida: minha filha você não está mais entre nós.

Corri para casa, tentei ligar para alguém, mas me lembrei que havia abandonado os amigos. Abri a janela – e foi o suficiente. O meu adorado reticente estava enlaçado na minha vizinha de prédio. Quando ele viu que eu estava mais uma vez boquiaberta olhando para a cena. Ele fechou parcialmente a janela. Parcialmente, ouviram? Aquilo de tudo pela metade acabava comigo. Pela fresta, eu tentei xingar a vizinha, a mãe dele, quem fosse, mas era impossível competir com Mariah Carey.
Desci descabelada, descalça, de robe, e tentei invadir a portaria do prédio da pilantra. Seu Antônio, o porteiro, que me conhecia, foi de uma gentileza dessas que podem matar uma moça educada: segurou-me firme pelos pulsos e gritou: Dona Valdívia, o homem é casado. Casou ontem. Não faz barraco que a senhora é a outra.
Seu Antônio já tinha parado de me sacudir. Mas eu continuava me sacudindo toda e fui assim me sacudindo pela rua afora sem saber como encontrar minha querida portaria. Minhas vizinhas bondosas na janela gritavam: cuidado com o bueiro, Valdívia, cuidado com o bueiro. Aí, eu não agüentei, sentei no meio-fio e implodi.

Gentilmente enviado por:

Valdívia

domingo, 26 de outubro de 2008

Bomba Virtual


Estava no Globo Digital:

A polícia do Japão prendeu uma mulher acusada de ter matado o seu 'marido' em um mundo virtual na internet.
Ela alega que teria ficado brava ao ser divorciada do marido sem aviso em um jogo online.
O avatar morto era o alter-ego de um homem de 33 anos, que chamou a polícia após descobrir que seu perfil no jogo havia sido apagado.
A suposta 'assassina virtual', uma professora de piano de 43 anos, está sendo mantida em uma prisão na cidade de Sapporo, ao norte do país.
A polícia a acusa de acessar de forma fraudulenta a conta da vítima no jogo online.(...) Ela está sujeita, se condenada, a uma pena de cinco anos de prisão ou a uma multa de até cerca de R$ 12 mil.

Gentilmente enviado por:

Paula

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Xiiiiii...


Agora com localizador.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Bomba Teaser


Homem fotografa um míssil que apareceu em praia da Ilha de Harris, na Escócia.
Segundo a Guarda Costeira local, o objeto é um Mirach 100/5 e surgiu na praia no último domingo.

Agora veja você a fortuna que eu estou gastando em teasers para divulgar o lançamento do livro.

sábado, 11 de outubro de 2008

NCSS (ou, não cansei de ser sexy)


A gente era apaixonado um pelo outro. Sabe quando você pensa a vida com uma pessoa? Então. Que merda. Eu pensei a vida com aquele canalha. Eu era tão fofa. Não sei se por vocação ou medo, mas lá estava eu dizendo - sim senhor, com certeza, você tem razão, não, deixa pra lá, etc. Ou mesmo, o clássico – ah, tudo bem!
Então, veja só, descobri numa festa que meu marido, esse mesmo que eu era casada há sete anos, estava comendo a minha analista. Pensa bem, no ódio que brotou no meu estômago, fechando minha garganta e cravando um punhal na minha nuca. Eu pude ver os dois entrando no banheiro, um depois do outro, sorrateiramente. Por alguns segundos esqueci dia, mês e ano, que horas são - eu perguntei. Me segurei na Lídia, coitada, que tava do meu lado, porque quase desmaiei. Respirei fundo e pensei, não, eu não pensei, eu fui. Em segundos eu já estava no carro, quase levando um poste. Como é que a fofa que eu era, ia lidar com uma situação dessas? Fui embora sem avisar e dormi fora de casa. Dia seguinte. Sabia que ele teria uma reunião com um cliente inglês para fechar um negócio de milhões. Passei em casa, tomei banho, perfume, creme, lingerie, escarpin, vestido lindo, valise do papai e – Táxi!
Chegando no seu escritório entrei na sala e tranquei a porta. Não sei se o susto maior foi do inglês que não sabia quem eu era, ou dele, que a essa altura, também não sabia. Tirei o 38 da valise, mandei os dois sentarem um de frente pro outro, amordacei e amarrei pés e mãos dos dois. O inglês não acreditava, mas eu, acreditando, gritava - You too, motherfucker! Liguei o mp3 do meu celular e diante dos olhos saltados com veias vermelhas do meu marido, fui tirando, casaco, vestido, cinta, soutien, calcinha, até ficar completamente nua. O inglês num misto de tesão e medo, meu marido num misto de muito medo e muito ódio e eu rindo, rindo, dançando e rindo.
Feito isto, me levantei, me vesti e deixei os dois lá sentados. Se encarando, um de frente pro outro. Confidenciados. Sem palavras.


Enviado gentilmente por:

Julieta Calor

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Nós amamos Paula Lavigne!





Ao longo de dezenove anos de casamento, Caetano Veloso e sua segunda ex-mulher, Paula Lavigne, construíram juntos um império. É como ela gosta de chamar o conjunto formado por sua empresa, a Natasha Produções, e os imóveis, que incluem um apartamento de frente para o mar de Ipanema, no Rio de Janeiro, e um outro, em Nova York. Na quinta-feira da semana passada, parte desse império desabou. Mais precisamente o portão da garagem do edifício em Copacabana no qual Caetano passou a morar desde que se separou de Paula, em dezembro. O portão foi abaixo não por obra de um terremoto, mas de um furacão: Paula chegou ao edifício, pouco depois das 5 da tarde, e arremessou o BMW blindado contra os 270 quilos do portão de alumínio. Um funcionário do condomínio estava do outro lado e quase foi atropelado. Depois, Paula conduziu o carro até a garagem do subsolo, onde bateu novamente, dessa vez numa pilastra. O motivo do desvario: os seguranças do prédio não quiseram permitir sua entrada.


A razão pela qual os funcionários do condomínio Le Reserve Arpoador não a deixaram entrar ainda é controversa. Uma versão, a da polícia, é que Paula havia sido proibida de entrar no prédio pelo próprio Caetano. Segundo essa versão, um dia antes ela esteve lá. Os dois brigaram feio. Para impedir novo barraco, Caetano resolveu tomar uma atitude. Ou seja, o leãozinho rugiu. Trocou as fechaduras das portas, pediu que a telefonista do condomínio não transferisse mais ligações e, por fim, proibiu sua entrada. A versão de Paula é que ela foi até a casa de Caetano pegar umas coisas. De acordo com ela, os seguranças a impediram de entrar sem motivo nenhum e, como andaram em sua direção armados, ela se assustou e acelerou o automóvel. Não deixa de ser curioso, convenhamos, que os seguranças tenham tomado uma atitude dessas sem que ninguém mandasse. "Meu pai (o criminalista Arthur Lavigne) vai processar o condomínio por constrangimento ilegal e ameaça de morte", disse Paula a VEJA. Como os policiais militares chamados ao local não quiseram permitir que ela fosse embora, foi necessária a intervenção do pai. Quem o ouviu falar com um policial, por telefone, afirma que Arthur Lavigne começou a conversa assim: "Você sabe, esse problema da Paula com o Caetano... ela derrubou um portão...".



Texto de Ronaldo França roubado da internet

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Bomba-relógio


De repente lendo o blog tive um insight:
SOU UMA MULHER-BOMBA POTENCIAL
Sinto o big-bang se aproximar... pressinto o buraco negro que virá depois.
O meu womanbomber tem uma técnica enlouquecedora, é um expert. Ele é didático, muito, muuuuito didático, entende de absolutamente tudo, e pontifica para esta pobre mortal o tempo todo sobre como criar filhos [ele não tem nenhum] sobre política, culinária [ele não cozinha], câncer, commodities, dinossauros, placton, pre-sal,TPM [olha o risco], sexo dos anjos e dos periquitos australianos, Ponto G... SOCORRO!!! Ele quer doutrinar sobre o MEU Ponto G!!!
Esta entressafra masculina joga as mulheres na piracema!
Eu vou matá-lo.
Tchau.

Gentilmente cedido por:

Maria

Explosão com arte

Aos 20 e poucos anos, solteira livre e solta, comprei minha primeira obra de arte: uma tela à óleo de um amigo (que além de amigo super-gato também tinha um casinho comigo, sem maiores conseqüências).
Pagava em suaves prestações, sempre em dólares (20,30) , colocados em envelopinhos e entregues de tempos em tempos. Este quadro amado me acompanhou em todas as minhas casas, geralmente pendurado em lugares de destaque. Pois bem, aos 35, me caso com um homem desarvoradamente ciumento e mordaz, que "odiava" o quadro, achava feio. Reclamava que não combinava com a nossa sala, nem com corredor, que meu gosto para arte era duvidoso etc. etc.
Fico grávida, hormônios ensandecidos, chega pelo correio um catálogo de uma nova exposição do meu amigo, autor do quadro.
Depois de 3 dias de um mutismo insuportável, meu marido sai de casa de manhã e volta à noite, com cheiro de tudo menos de roupa lavada com Confort, e eu estou enlouquecida com uma tesoura na mão e o meu amado quadro todo picotado... não restou nada. Só a moldura.

Gentilmente cedido por:

Madalena Zaragoza

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Cabelinho na venta

Os papéis na mesa diziam divórcio. As minhas lágrimas diziam que merda. As dele, não sei o que diziam, não somos mais casados. O advogado, sempre pronto pra ser frio, dizia isso é só um papel, a situação de vocês já tá definida faz mais de um ano. E daí? Bom, pelo menos alguém, num cartório no meio da tarde, precisa fingir que papel é só uma folha e que a tinta da assinatura é só uma mistura química azul, preta, vermelha, verde... o arco-íris. Na verdade, qual a necessidade de registrar criança, de assinar paternidade, receber diploma na escola? Hoje em dia, é até ecologicamente discutível. Enfim, o papel ali, as lágrimas espalhadas, os ternos e as gravatas passeando, indo e vindo pra comprar uma paçoca do lado de fora, mais uma casamento terminava, pra quem quiser saber. É só ir na justiça e constatar assinaturas, que mesmo falsas, de emoção, ou de falsidade ideológica mesmo, querem dizer que um não quer mais o outro e vice-versa, e que dois não querem mais ser um. Revoltada com a natureza da vida, olhando aquele que um dia comeu pipoca comigo e disse quero morrer do seu lado, peguei as lágrimas e pus num balde (desses de conter goteira em repartição) e derramei no papel, na tinta, em tudo. Ele, louco, perguntou o que foi, quer voltar, é isso? Eu disse não, quero afogar as mágoas. O escrivão achou que louca era eu, e mandou chamar ambulância. O advogado discava números sem sentido no celular, falava com a mulher e com a filha, dizia veja você, era só pra assinar um papel. O ex-marido, marido ainda, não assinei merda nenhuma, olhava sem saber se achava bom ou ruim. Acendi um fósforo, tirei a garrafa de vodka da bolsa e taquei fogo em tudo. Quer melhor que cartório pra incendiar? Lugar cheio de papel...

Gentilmente enviado por

MC Mac - em dia piromaníaco.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Depoimento de um Montador da pior espécie: o pseudo inocente

"O problema dessa história de mulher-bomba é que às vezes o cara nem sabe o que tá fazendo. Vocês mulheres acham que todo womanbomber é um calculista, mas nem. Eu já armei uma bomba sem me tocar, e mifu.
Namorei uma gordinha um tempo aí. Foi maneiro, porque ela fazia tudo que eu queria, na hora que eu queria. Lei da compensação, ué. Não que eu seja o fodão do Bairro Peixoto, mas numa escala em que o Otávio Augusto é zero e o Rodrigo Santoro, dez, eu tiro uns sete. Ela, numa escala em que o Otávio Augusto é zero e a Giselle Bundchen é dez, mal passava com cinco. Era óbvio que eu tava num patamar superior ao dela na cadeia alimentar, tão óbvio que ela mesma percebia. Acabei me aproveitando disso. Deixava ela me pegar olhando bunda de mulher magra na rua, dizia que era melhor ela comer só a salada, marcava com ela depois da praia, no aniversário dei um livro e falei que quera ter comprado um vestido mas não achei um que servisse. Claro que eu percebia que cada estocada dessas deixava ela mais magoada, mas depois eu me fartava. Ela ficava um docinho, se sentindo mal com aquele lance de auto-estima que a mulherada tanto fala, achava que não me merecia e... Fazia de tudo na cama pra compensar! Cada trepada, mermão...
Só que eu não sabia que tava armando uma bomba, ninguém tinha me passado o manual. Um dia ela explodiu comigo, almoçando no Celeiro. Eu nem lembro o que eu falei, sei que ela jogou a salada na minha cara, me xingou de meia dúzia de palavrão e saiu dizendo que eu era um assassino e que ia pra Pizzaria Guanabara. Achei melhor não ir atrás, deixar ela se acalmar, mas depois nunca mais atendeu um telefonema meu.
A merda é que não era isso que eu queria. Fazia aquelas coisas só porque gostava do lance dela ficar quietinha na minha mão. Mas eu tava gostando dela. Gosto de pegar em carne. Qual a graça de chupar buceta se a mulher não tiver coxa grossa? Não suar?"

Gentilmente enviado por:

Paulo Almeida

Nós amanos Lisa Novak!


Mulher-bomba exemplar, a astronauta Lisa Novak saiu do Texas, muito bem ativada pelo seu montador - o também astronauta Willian Oefelein -, e cruzou os EUA de carro, usando fraldas, numa viagem de nove horas, sem uma paradinha sequer, para explodir lindamente de ciúmes da amante do seu amante no aeroporto de Miami.

Viva o ciúme! Viva a manipulação! Viva a transformação de uma astronauta da NASA em bomba inter galática!